A instabilidade econômica que o país atravessa empurra todos para uma realidade de incerteza e o mercado imobiliário não fica de fora desse cenário. Quem é proprietário ou investidor se depara com uma dúvida: vender ou alugar um imóvel, qual o melhor negócio?
E é muito comum que o cliente procure, com o corretor de imóveis, orientações para tomar essa decisão. Neste post, vamos falar de alguns pontos que precisam ser analisados cuidadosamente nessa hora.
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Invista em informação antes de decidir
A definição sobre se é melhor vender ou alugar um imóvel deve ser baseada nos anseios e nas expectativas do proprietário e na situação atual do mercado. Por isso, o primeiro passo deve ser municiar-se de boas informações.
Aqui, o papel do corretor de imóveis ou da imobiliária é muito importante. É essencial reunir o maior número de dados relevantes sobre a unidade, o local onde ela está localizada e o comportamento do mercado imobiliário na região.
Trata-se de um bairro em crescimento? Ele tem um perfil residencial ou comercial? Há previsão de novos investimentos na região? Todos esses aspectos são importantes para informar o cliente e passar a ele segurança no que se refere às suas orientações.
Avalie como estão as finanças do proprietário
Um ponto que deve ser analisado na hora de se decidir entre vender ou alugar um imóvel diz respeito à necessidade do proprietário de se capitalizar.
Caso ele precise de dinheiro com mais urgência ou em valores mais elevados, a venda é a opção mais eficaz. Porém, quando não se está tão pressionado e há margem para aguardar algum tempo para lucrar, o aluguel deve ser considerado.
Analise o potencial do imóvel
A partir das informações que citamos na primeira dica, analise o potencial de valorização do imóvel em questão. Se o bairro ou a região onde ele se localiza tiver boas perspectivas de crescimento, aposte no aluguel. Essa será uma forma de manter um patrimônio com boas perspectivas de lucro no futuro e com algum rendimento no presente.
Conheça a taxa de aluguel
Se a pretensão é vender o imóvel, é preciso tomar alguns cuidados para conseguir um bom negócio. A avaliação está muito abaixo do quanto você acredita que ele realmente vale? De que forma pretende investir o dinheiro da venda e, principalmente, que retorno é possível obter?
Em alguns casos, vender o imóvel e investir o dinheiro no mercado financeiro, por exemplo, pode ser um bom negócio. Uma forma de analisar esse aspecto é calcular a chamada taxa de aluguel, que é a relação entre o preço do imóvel e o valor de aluguel que se pode obter com ele.
Um imóvel que vale R$ 250 mil, por exemplo, e é alugado por R$ 1 mil tem uma taxa de aluguel de 0,4% — remuneração que pode ser superada no mercado financeiro. Ou seja: vender o imóvel e investir os R$ 250 mil será, nessa situação, um melhor negócio, mais rentável do que a locação.
Além disso, o imóvel alugado pode perder valor ou exigir investimentos em reformas. Por essa razão, especialistas no mercado imobiliário consideram vantajosa a locação apenas quando a taxa de aluguel for próxima de 0,8%.
Essa estratégia pode valer, inclusive, para o imóvel utilizado para moradia própria. Muita gente está trocando a casa própria pelo aluguel, aproveitando o valor da venda para realizar outros investimentos.
Considere os custos se for alugar
Se a escolha for pelo aluguel, lembre o cliente de que a locação implica alguns custos para o proprietário, mesmo que o imóvel permaneça sempre ocupado. Determinados itens de manutenção ou reforma da unidade e alguns impostos e taxas de administração ficarão por conta do dono, e não do inquilino.
Esses custos devem ser considerados na hora de definir o valor do aluguel, em uma análise sempre ponderada com as demais ofertas do mercado de locação para imóveis similares. Afinal, caso o proprietário conclua que, para ter um negócio rentável, deverá cobrar um valor mais elevado, com certeza terá dificuldades de encontrar um locador.
A demora em conseguir alugar o imóvel é um dos maiores riscos de quem opta pela locação. Com o imóvel vazio, além de não contar com aquela renda, o proprietário ainda terá que bancar as despesas comuns, como o IPTU e o condomínio da unidade, que seriam de responsabilidade do inquilino.
Além do mais, o aluguel apresenta outros riscos que também devem constar nos planos. Um deles é a inadimplência por parte do locatário, o que pode render dor de cabeça.
Considere também que, durante a vigência do contrato de locação — celebrado, em geral, por um prazo de 30 meses —, dificilmente o proprietário conseguirá reaver o seu imóvel em caso de necessidade. Nesse aspecto, o inquilino encontra uma forte proteção na legislação. Se o proprietário não puder esperar o prazo do acordo, terá que desembolsar valores com a rescisão contratual.
Prepare para gerenciar o aluguel
O gerenciamento do aluguel exige um certo envolvimento por parte do proprietário que também deve ser considerado na hora de escolher qual o melhor negócio.
Mesmo quando conta com o auxílio de uma administradora de aluguéis, em alguns momentos o proprietário terá de participar do processo e das negociações com o inquilino. Em alguns casos, esse gerenciamento pode exigir pouco envolvimento e, em outros, mais participação do proprietário.
A escolha entre vender ou alugar um imóvel deve ser amadurecida a partir de uma criteriosa análise do mercado imobiliário. Municiar o cliente com essas informações é uma tarefa que exige muito cuidado por parte do corretor e da imobiliária.
O sucesso no negócio — e a consequente satisfação do cliente — pode deixar uma porta aberta para futuras transações. Sendo assim, seja criterioso nessa assessoria e tenha em mente que conhecer as oscilações do mercado é essencial.
Fonte: inGaia