A reforma trabalhista deve refletir positivamente no mercado imobiliário, dando maior previsibilidade aos empresários para retomarem projetos. Isso porque quando o empresário tem dúvidas sobre o futuro da economia do País, ele fica com medo de fazer contratações, já que encargos sociais do trabalhador geram um alto custo na cadeia produtiva.
“A grande vantagem da reforma é poder contratar pessoas com risco reduzido. O patrão pode negociar diretamente com o empregado, por exemplo, uma redução de salário com manutenção do emprego. E quando a economia voltar a crescer o contrato é novamente ajustado”, explica o economista Eduardo Velho.
Para o economista Ricardo Valério da Costa Menezes, a reforma trabalhista impulsona o mercado imobiliário, especialmente pela geração de empregos na construção civil. “Em função das diversas modalidades de contratação de mão de obra. Porque muitas vezes a construção civil precisa contratar por sazonalidade, em um período do ano, e vai poder fazer contratos intermitentes”.
Especialista em Direito Imobiliário, o advogado Fernando Zito diz que a legislação trabalhista vigente (a nova entra em vigor em novembro) é antiga e ultrapassada. Para ele, a reforma trará importantes novidades. “A principal vantagem é a negociação entre patrão e empregado. Já a desvantagem, para os trabalhadores, será a falta de representatividade nas negociações”.
Na contramão das opiniões, o economista José Pascoal Vaz acredita que a reforma trabalhista vai fragilizar o trabalhador e afetar a venda de imóveis. “O comprador em potencial vai perder salário e a maior facilidade em ser demitido vai amedrontá-lo em financiar a longo prazo. Já o trabalhador da construção vai ser terceirizado e demitido mais facilmente e seu salário vai diminuir”.
Fonte: ZAP Pro